Origem da plavra Caipira

Baseado na Grande Reportagem “Os Rumos da Música Caipira no Vale do Paraíba”, de Anderson Borba Ciola e Fábio Cecílio Alba, a origem da palavra caipira ainda é motivo de controvérsias. Segundo o Dicionário do Folclore Brasileiro, de Luiz Câmara Cascudo, a palavra significa “homem ou mulher que não mora em povoação, que não tem instrução ou trato social, que não sabe vestir-se ou apresentar-se em público. Habitante do interior, tímido e desajeitado...”. Robert W. Shirley, em seu livro “O fim de uma tradição”, critica a posição de Câmara Cascudo, dizendo que: “Esta definição em si mesma, revela a extensão da grande lacuna social entre os escritores urbanos e os camponeses, pois, de fato, o caipira tem uma cultura distintiva e elaborada, rica em seus próprios valores, organizações e tradições”. Já no Dicionário Aurélio é encontrada a seguinte definição: “Habitante do campo ou da roça, particularmente os de pouca instrução e de convívio e modos rústicos”. Cornélio Pires, jornalista e violeiro, em seu livro “Conversas ao pé do fogo” define a palavra caipira da seguinte forma: “Por mais que rebusque o étimo de caipira, nada tenho deduzido com firmeza. Caipira seria o aldeão; neste caso encontramos o tupi-guarani capiâbiguâara. Caipirismo é acanhamento, gesto de ocultar o rosto, neste caso temos a raiz ‘caí’, que quer dizer gesto de macaco ocultando o rosto. Capipiara, que quer dizer o que é do mato. Capiã, de dentro do mato, faz lembrar o capiau mineiro. Caapiára quer dizer lavrador e o caipira é sempre lavrador. Creio ser este último o mais aceitável, pois caipira quer dizer roceiro, isto é, lavrador...”.

24.2.11

Empada Frita de Salto








A data de origem da receita da Empada Frita de Salto permanece incerta. O que se sabe é que uma das mais conhecidas precursoras no seu preparo foi Diamantina Andriolli, popularmente conhecida como Dona Nena.

Pesquisas apontam que na década de 1940 as empadeiras preparavam esses quitutes, que já eram muito apreciados nessa época. Vendidas por meninos nas ruas de Salto, eles levavam as empadas ainda quentes em cestos de vime, que eram cobertos por guardanapos de tecido.

Ao longo de mais de meio século desenvolveu-se o hábito de abastecer os bares e lanchonetes da cidade e atender encomendas para festas e outros eventos, com as empadas no tamanho grande, tradicional, ou menores, entregues às dúzias e centenas.

Muitas mulheres de Salto são empadeiras e deve-se a elas a sustentação - até os dias de hoje - de uma tradição local, haja vista que a empada frita só é encontrada nesta cidade.

Por se tratar de uma tradição culinária tipicamente saltense, com uma considerável clientela de apreciadores a Empada Frita foi declarada bem de valor cultural para a comunidade local.

O que é esse delicioso quitute saltense?


Com o tempo, a receita da empada frita foi passando das empadeiras para as aprendizes e dessa forma foi expandindo o seu preparo por várias senhoras de Salto, que seguem basicamente a mesma receita, cuja massa leva:

- Farinha de trigo;
- Água;
- Sal;
- Fermento;
- Gordura;
- Um pouco de cachaça.

Os recheios mais tradicionais são o frango e o palmito, mas também no passado já foi preparado com camarão e bacalhau.

Hoje, os recheios tradicionais permanecem e ainda são os mais solicitados, porém o camarão voltou a ser uma opção juntamente com outras novidades criadas pelas empadeiras dos dias de hoje, como a de brócolos com queijo, e as empadas doces de banana ou maçã com canela, que são servidas como sobremesa.

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