Origem da plavra Caipira

Baseado na Grande Reportagem “Os Rumos da Música Caipira no Vale do Paraíba”, de Anderson Borba Ciola e Fábio Cecílio Alba, a origem da palavra caipira ainda é motivo de controvérsias. Segundo o Dicionário do Folclore Brasileiro, de Luiz Câmara Cascudo, a palavra significa “homem ou mulher que não mora em povoação, que não tem instrução ou trato social, que não sabe vestir-se ou apresentar-se em público. Habitante do interior, tímido e desajeitado...”. Robert W. Shirley, em seu livro “O fim de uma tradição”, critica a posição de Câmara Cascudo, dizendo que: “Esta definição em si mesma, revela a extensão da grande lacuna social entre os escritores urbanos e os camponeses, pois, de fato, o caipira tem uma cultura distintiva e elaborada, rica em seus próprios valores, organizações e tradições”. Já no Dicionário Aurélio é encontrada a seguinte definição: “Habitante do campo ou da roça, particularmente os de pouca instrução e de convívio e modos rústicos”. Cornélio Pires, jornalista e violeiro, em seu livro “Conversas ao pé do fogo” define a palavra caipira da seguinte forma: “Por mais que rebusque o étimo de caipira, nada tenho deduzido com firmeza. Caipira seria o aldeão; neste caso encontramos o tupi-guarani capiâbiguâara. Caipirismo é acanhamento, gesto de ocultar o rosto, neste caso temos a raiz ‘caí’, que quer dizer gesto de macaco ocultando o rosto. Capipiara, que quer dizer o que é do mato. Capiã, de dentro do mato, faz lembrar o capiau mineiro. Caapiára quer dizer lavrador e o caipira é sempre lavrador. Creio ser este último o mais aceitável, pois caipira quer dizer roceiro, isto é, lavrador...”.

19.7.11

Viola caipira: das mãos de Luiz XV para os braços do caboclo brasileiro

A primeira moda de viola gravada no Brasil, foi “Jorginho do Sertão” em 1929 de autoria do jornalista, ator e compositor Cornélio Pires, natural da cidade de Tietê, interior de São Paulo. Como nenhuma gravadora via futuro para o estilo musical, acostumadas a gravar nomes como Francisco Alves, Pixinguinha, Noel Rosa, acompanhados de orquestras, estranharam o jornalista, com seu sotaque característico e seus parceiros caipiras, da roça, com chapéus desfiados e pele queimada do sol. Então, o próprio Pires patrocinou a gravação, com dinheiro emprestado do amigo paulista Castro, Na gravadora Columbia. Em menos de um mês, Pires havia esgotado os 30 mil “bolachões 78RPM” (um exagero para a época, algo para hoje de Três milhões de CDs). Dali em diante, a música sertaneja sofre adaptações. Em 1910, o jornalista, havia levado aos palcos do “Mackenzie College”, em São Paulo (onde muitos filhos de barões do café estudavam) um grupo de reisado de sua região. A receptividade foi muito boa e incentivou o ator a montar uma caravana, percorrendo todo o estado de São Paulo, com apresentação de reisados e folias, contadores de causos e muita música da região. Após vinte anos, quis registrar tudo e procurou as gravadoras.

O adjetivo "sertanejo", refere-se aos "sertões", ao povo caipira do interior do Brasil. (especificamente interior de São Paulo, Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Paraná). Alguns saudosistas ainda criticam o rumo que a moda de viola tomou após serem executadas nas rádios, duplas como Mandi e Sorocabinha, Alvarenga e Ranchinho, Jararaca e Ratinho, que na década de 30 tocaram no “Cassino da Urca” (famoso por abrigar apresentações como de Carmem Miranda).

O sertanejo universitário, ou sertanejo pop chegou ao exterior, quando em 2010 aconteceu Festival Pop Sertanejo, atingindo um público de 800 mil pessoas, que assistiram o espetáculo transmitido pela web, na terça-feira à noite. E mais de dois milhões conferiram no canal do You Tube, o conteúdo gerado. Com tecnologia de ponta e uma aparelhagem digna de turnê de banda de Rock n’ roll internacional, o You Tube Live, foi o tópico numero 1 do Twitter pelo mundo naquele dia. Às 20 horas, de 30 de Novembro de 2010, no HSBC Brasil, começava a transmissão ao vivo pelo You Tube do grandioso evento. Apresentado por Rafinha Bastos (CQC), Gianne Albertoni e Sabrina Sato, o evento transmitiu ao vivo os shows dos artistas sertanejos Victor e Léo, Luan Santana, João Bosco e Vinícius, Bruno e Marrone e Michel Teló. Com exceção de Bruno e Marrone, que estão na estrada há quase 20 anos, esses nomes representam os maiores artistas sertanejos universitários do momento.

Hoje a música sertaneja vive seu auge, a letra mudou ao tornar-se comercial, chegou às grandes cidades e o tema abordado, é diferente hoje mais voltado para amores mal resolvido, um tema mais em comum a todos.

A moda de viola para se manter miscigenou-se com alguns outros rítimos regionais como: baião, forró, samba, entre outros e mais recentemente recebeu influências da musica country americana. É forte nas rádios, junto com a música eletrônica. A produção das músicas está sofisticada, com timbres mais pop e um ritmo mais acelerado. Letras de fácil memorização e refrões típicos desse movimento proporcionam aos artistas tamanha receita, que mesmo entre os mais novos há quem ande até de jatinho particular, como o sertanejo teen Luan Santana(20 anos).

Mas os amantes da moda de viola, tem na TV Cultura o programa “Viola Minha Viola”, há 30 anos comandado pela Folclorista, atriz, cantora, compositora e violeira, que alias nasceu na capital paulista e tornou-se caipira por opção, Inezita Barroso. Que vai ao ar aos domingos às 9 horas da manhã. Dá para ter certeza de que uma arte não morrerá, quando jovens a preservam, as duplas Mayck e Lyan, e João Carreiro e Capataz com voz grave ao estilo Tião Carreiro, mantém em tempos de sertanejo pop a moda de viola bem viva, inclusive com sua juventude a tornando a comercial e popular entre os de sua idade e mais antigos admiradores do gênero. Conhecidos por se apresentarem do programa Raul Gil, e pela voz grave de Maycke e os ponteios de viola de Lyan a la Almir Sater. Com muita firmeza apesar da pouca idade, os garotos levam ao palco hora moda de viola, hora músicas românticas ou dançantes, deixando clara a versatilidade da dupla.
Com fãs de todas as idades, no camarim ao lado dos pais e de dois irmãos menores recebem a imprensa antes da apresentação no Clube Saltense na cidade de Salto SP (a dupla reside na cidade vizinha de Itu), Maycke(22 anos), declara"no inicio muita gente se surpreendia por sermos jovens e gostarmos de moda de viola, mas agora já nos conhecem, sei que podíamos estar tocando e cantando qualquer outro ritmo a música é sempre bela, mas é que somos apaixonados por moda de viola, causos, bem ao estilo repente e cururu (risos). È para nós um estilo de vida, um amor mesmo, até porque, damos aqui a nossa pequena e humilde contribuição para, que a moda de viola não seja esquecida como cultura brasileira."
O irmão Lyan(20), conclui " é verdade, essa é a nossa paixão um modo de contar nossa história e do povo, pela moda de viola coisa bem cabocla, que não pode se acabar, e nós jovens é que temos que preservar e fazemos isso com muito carinho, e ficamos felizes que todos gostem."

Cadê o Sertanejo na TV?

Ainda há uma certa restrição ao rítimo, porque não há na TV aberta nenhum programa voltado para o estilo, em horário nobre, nem de moda de viola ou sertanejo universitário? Os programas voltados para o estilo sertanejo, vão e vem, mas o estilo está ai. Os Rodeios proporcionam grande renda, as músicas mais tocadas nas rádios são do estilo só perdendo para as eletrônicas, fica ai uma lacuna a ser preenchida para os amantes do ritmo e a ser respondida pelos produtores de TV. O rótulo sertanejo universitário não se aplica a João Carreiro & Capataz. Natural de Cuiabá, a dupla faz um som influenciado exclusivamente pelas modas de viola e pelo rock n' roll.

"decidi seguir esse caminho mais ligado às raízes porque escutei os grandes ícones sertanejos durante toda a minha vida. Aliás, nunca ouvi outro tipo de música. A influência do rock surgiu a partir do único artista do gênero que eu conheço bem: Raul Seixas", explica João Carreiro, compositor, violeiro e violonista da dupla. Cujo nome artístico é em homenagem a Tião carreiro.

A cidade da Estância Turística de Salto é considerada pelo saite

500caipiras.com.br... Salto é reconhecida como a cidade no mundo que mais venera a viola caipira! ... Cururu, Cantoria Caipira “ afirma um dos colunistas Diego.

Salto interior de São Paulo há 100 km da capital, e com 105 mil habitantes, preserva a fundo a moda e a viola que a faz. Bem como os cantadores e compositores das modas. A arte de compor modas como as de autoria do compositor João Gonçalves(diretor do clube de violeiros da cidade), a arte de lutheria como as da fabrica Gianini e O Recanto da Viola que conta com a experiência do luthier Domingos Pereira Domingues e de seu sócio José Mario Gonçalves. desde 2000 especializados na construção, restauração e personalização de viola. Vários artistas já tiveram a oportunidade de empunhar instrumentos construídos ou restaurados por eles, alguns deles fazem questão de conhecer pessoalmente o trabalho dos dois. Entre os artistas que tocam ou já tocaram instrumentos do Recanto da Viola podemos destacar: Ary Toledo, Almir Sater, Sérgio Reis, Daniel, Rio Negro e Solimões, Junior Carvalho, Praiano, Zilo e Zalo, Zé Garoto e Timboré, Mazinho Quezedo, Goiano e Paranaense, Liu e Léo, João Mulato e Douradinho entre outros. Rua Astúrias, 740 - Vilas D’Icaraí.

Há três anos Salto sedia sempre em de dezembro, no Pavilhão das Artes – Praça Archimedes Lammoglia, o Festival Paulista de Viola Caipira – Violas e Ponteiros, uma realização do Governo do Estado de São Paulo, produzido pela Organização Abaçaí – Cultura e Arte, e co-realizado pela Prefeitura de Salto, por meio da Secretaria da Cultura e Turismo. Trará à cidade de Salto artistas solo, duplas e orquestras de várias cidades do Estado, além de representantes locais. O 3º Festival Paulista de Viola Caipira é o maior encontro do gênero no Estado e a cidade de Salto conseguiu se tornar sede permanente do mesmo. O Secretário da Cultura e Turismo, Valderez Antonio da Silva, comemora a repetição do evento em Salto, destacando que o mesmo insere na política adotada pela secretaria de contemplar a diversidade cultural.

o clube de violeiros promove eventos uma vez por mês, em cada bairro da cidade, o palco é itinerante sobe um trio elétrico mesclamos moda de viola raiz e o sertanejo universitário, e tem agradado muito viu, a todas as idades. Também estamos no Beache Club todos os domingos das 16 às 20hs, sou compositor de moda de viola raiz e ainda se grava moda de viola sim em pleno 2011,

a Dupla Zé Rocha & Tião Dias gravaram um CD com 11 músicas de minha autoria, e todas bem modão raiz”, afirma João Gonçalves, membro da Sociedade intérprete compositores e autores musicais(SICAM)

A moda de viola ainda está ai como toda arte sairá de evidência por alguns tempo e retornará fênix.

A viola foi clássica ao tempo de ser tocada pelo rei Luiz XV(cujo nome as mulheres carregam nos saltos usados por ele), ele era tão admirador que chegou a ter na corte uma orquestra de viola.

Veja aqui as mudanças nas letras das musicas: da primeira em 1929 a recente Fugidinha gravada em 2010 por Michel Teló(ganhador do disco de ouro, e a mais executada durante o ano de 2010).

Jorginho do Sertão

Cornélio Pires

Jorginho do Sertão
Rapazinho de talento
Numa carpa de café
Enjeitô treis casamento
Logo veio o seu patrão
Cheio de contentamento
(tenho treis filhas "sorteira que
Ofereço em casamento)
Logo veio a mais nova
Vestidinho cheio de fita
Jorginho case comigo
Que das treis
Sô a mais bonita

Logo veio a do meio
Vestidinho cor de prata
Jorginho case comigo
Ou então você me mata
Logo veio a mais véia
Por ser mais interesseira
Jorginho case comigo
Sou a mais trabaiadeira
Jorginho pegou o cavalo
Ensilhô na mesma hora
Foi dizê pra morenada
Adeus que eu já vou me embora
Na hora da despedida,
Ai, ai, ai
É que a morenada chora
Ai, ai, ai
O Jorginho arresorveu
É melhor que eu mesmo suma Não posso casá cum as treis, ai
Eu num caso cum nenhuma


A Caneta e a EnxadaTonico e Tinoco

"Certa vez uma caneta foi passear lá no sertão
Encontrou-se com uma enxada, fazendo uma plantação.
A enxada muito humilde, foi lhe fazer saudação,
Mas a caneta soberba não quis pegar sua mão.
E ainda por desaforo lhe passou uma repreensão...."

Porta do Mundo Tião Carreiro e Zé Paulo

o som da viola bateu no meu peito doeu meu irmão assim eu me fiz cantador sem nenhum professor aprendi a lição são coisas divinas do mundo que tem um segundo a sorte mudar trazendo prá dentro da gente as coisas que a mente vai longe buscar...

Nascemos Pra Cantar Chitãozinho & Xororó(Danny Moore, Xororó ,Chitãozinho)

O grande mestre do céu nosso criador quando nascemos um dom
nos dá e cada um segue a vida o seu destino e nós nascemos
só pra cantar

Eie, iii, eee
Ieieieieieee
Eie, iii, eee
Ieieieieieee...

Borboletas Victor e Léo

Percebo que o tempo já não passa
Você diz que não tem graça amar assim
Foi tudo tão bonito, mas voou pro infinito
Parecido com borboletas de um jardim
Agora você volta
E balança o que eu sentia por outro alguém
Dividido entre dois mundos
Sei que estou amando mas ainda não sei quem...

Meteoro
Luan Santana Sorocaba

Te dei o sol, te dei o mar
Pra ganhar seu coração.
Você é raio de saudade,
Meteoro da paixão,
Explosão de sentimentos
Que eu não pude acreditar.
Ah! Como é bom poder te amar!...

Fugidinha Michel Teló Thiaguinho e Rodriguinho (Exaltasamba)

Tô bem na parada
Ninguém consegue entender
Chego na balada
Todos param pra me ver
Tudo dando certo
Mas eu tô esperto
Não posso botar tudo a perder...

O jeito é dar uma fugidinha com você
Se você quer
Saber o que vai acontecer
Primeiro a gente foge
Depois a gente vê...

Bruto, Rústico e Sistemático João Carreiro e Capataz(João Carreiro/ Jadson)

...Sistema que fui criado vêr dois homem abraçado pra mim era confusão
Mulher com mulher beijando
Dois homens se acariciando , meu deus que decepção
Mas nesse mundo moderno não tem errado e nem certo achar ruim é preconceito
Mas não fujo à minha essencia pra mim isso é indecencia
Ninguem vai mudar meu jeito Aqui não
Posso até não ser simpático
Comigo não tem desculpa
Minha criação é chucra
A verdade ninguem furta
Sou bruto, rústico e sistemático

mas o que é a música sertaneja afinal? A música é arte e de qualquer forma que ela se expresse sempre relata a história de uma época em seu país, tirando o preconceito dos puristas, as expressões artísticas nunca se prenderam a barreiras e em tempo de globalização, a música sertaneja se tornou como todos os gêneros miscigenada e sempre vai ter quem se interesse por conhecer sua história e recontá-la tocando viola ainda que dentro da escola.

Dupla Saltense Luiz Fernando & João Pinheiro, que é composta por um veterinário e um dentista é destaque no programa “Viola minha viola” da TV Cultura

http://saudadesertaneja.blogspot.com/2010/03/luiz-fernando-e-joao-pinheiro-os.html

Outros violeiros de Salto

Eduardo Violeiro, Nelson Gomes, Zé Rocha, Tião Martins, Jota Leão e Jaci.


O Recanto da Viola conta com a experiência do luthier Domingos Pereira Domingues e de seu sócio José Mario P. Gonçalves. desde 2000especializados na construção, restauração e personalização. Vários artistas já tiveram a oportunidade de empunhar instrumentos construídos ou restaurados pelo Recanto da Viola. Alguns deles fazem questão de conhecer pessoalmente o trabalho do Recanto da Viola. Entre os artistas que tocam ou já tocaram instrumentos do Recanto da Viola podemos destacar: Ary Toledo, Almir Sater, Sérgio Reis, Daniel, Rio Negro e Solimões, Junior Carvalho, Praiano, Zilo e Zalo, Zé Garoto e Timboré, Mazinho Quezedo, Goiano e Paranaense, Liu e Léo, João Mulato e Douradinho entre outros.Rua Astúrias, 740 - Vilas D’Icaraí.

Dados e datas

Tião Carreiro nasceu em Montes Claros no dia 13 de dezembro de 1934 e faleceu em São Paulo, 15 de outubro de 1993 fez dupla com Pardinho. 1929 Caçula & Mariano faz primeira gravação,Tonico e Tinoco eram os nomes na década de 50, surgiu José Dias Nunes o “ Tião Carreiro”, que revolucionou o modo de tocar o instrumento, estando para a viola como Hendrix para a guitarra elétrica. Em 1968 é grava o primeiro disco de música erudita totalmente com viola. Tião Carreiro grava samba e choro com o instrumento. 1980, início da exploração comercial Surgem duplas como: Chitãozinho & Xororó e Leandro & Leonardo, 1981, Almir Sater grava seu primeiro disco, mostrando os ritmos pantaneiros e o lado MPB da viola. Em 1990 a viola volta à mídia com a novela "Pantanal", aonde Almir Sater mostra para todo o Brasil a força do instrumento e repete a dose em 1992 com a novela "Ana Raio e Zé Trovão" e em 1996 com a novela "Rei do Gado". Em 2000, acontece o "revival" com Bruno & Marrone, Edson & Hudson e, mais tarde, Guilherme & Santiago, recentemente Victor & Léo(que se auto denomina sertanejo pop)Luan Santana e Michel Teló.




Surge a primeira e segunda voz

Como não gosava ainda de prestigio junto às gravadoras, Cornélio recebeu uma sala pequena para a gravação: o grupo de reisado não cabia na sala. A solução foi gravar apenas com a primeira e segunda voz do grupo. Nascia a da dupla caipira.


No canto popular do caipira paulista percebe-se a tristeza do Índio escravizado, a melancolia profunda do Africano no cativeiro e a saudade enorme do Português saudoso da sua Pátria distante. Criado, formado nesse meio o nosso caipira, a sua música é sempre dolente, é sempre melancólica, é sempre terna” Cornélio Pires

Tipos de viola

Viola de Cocho, de Buriti, Cabeça de cocho,

cabaça e a viola de bambu

Afinação:Cebolão, Boaideira, Rio-Abaixo e a Afinação Natural.

Acompanha-se com viola: valsa, cateretê, cateretê baião, chula polca, Toada de reis, Cateretê- batuque, Landú, Toada, Pagode...


Paula Fernandes de 24 anos, é o sucesso feminino solo após décadas de soberania de duplas e solo masculinos.


Dentro da Universidade de São Paulo (USP) existe, desde 1971, o Departamento de Música(CMU) da Escola de Comunicações e Artes (ECA). É uma das mais concorridas para se ter uma boa formação e iniciar bem a carreira de músico, seja erudito ou popular. A partir de 2009, o Departamento teve uma novidade: Viola Caipira. com vestibular, para concorrer a vagas para se especializar no instrumento. O curso existe dentro da USP desde 2005, mas no campus de Ribeirão Preto, no interior paulista. Transferiu-se para a capital, já que muitos formados rumavam para a cidade em busca de oportunidade. Segundo o professor Ivan Vilela, docente no curso da USP e considerado um dos especialistas mundiais em viola caipira, São Paulo é o pólo de cultura popular do Estado. Ele explica que o curso de viola caipira também tem foco na música erudita, já que o instrumento abrange várias épocas e estilos. Vilela ressalta que percebe uma transformação na postura dos que conhecem música caipira. Para ele, as composições do gênero fazem com que as pessoas se identifiquem com a música brasileira.

2 comentários:

  1. Você está de brincadeira?está querendo dizer que Michel Teló e Vitor e Léo são uma evolução da musica caipira? a evolução mesmo seria Índio Cachoeira, ou ainda, Daniel da viola, e eu diría mais, o sertanejo universitário é musica urbana, mais para o axé e outros ritmos da Bahia, do que para moda caipira.

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  2. Preciso conhecer Salto e sua cultura da viola

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