Origem da plavra Caipira

Baseado na Grande Reportagem “Os Rumos da Música Caipira no Vale do Paraíba”, de Anderson Borba Ciola e Fábio Cecílio Alba, a origem da palavra caipira ainda é motivo de controvérsias. Segundo o Dicionário do Folclore Brasileiro, de Luiz Câmara Cascudo, a palavra significa “homem ou mulher que não mora em povoação, que não tem instrução ou trato social, que não sabe vestir-se ou apresentar-se em público. Habitante do interior, tímido e desajeitado...”. Robert W. Shirley, em seu livro “O fim de uma tradição”, critica a posição de Câmara Cascudo, dizendo que: “Esta definição em si mesma, revela a extensão da grande lacuna social entre os escritores urbanos e os camponeses, pois, de fato, o caipira tem uma cultura distintiva e elaborada, rica em seus próprios valores, organizações e tradições”. Já no Dicionário Aurélio é encontrada a seguinte definição: “Habitante do campo ou da roça, particularmente os de pouca instrução e de convívio e modos rústicos”. Cornélio Pires, jornalista e violeiro, em seu livro “Conversas ao pé do fogo” define a palavra caipira da seguinte forma: “Por mais que rebusque o étimo de caipira, nada tenho deduzido com firmeza. Caipira seria o aldeão; neste caso encontramos o tupi-guarani capiâbiguâara. Caipirismo é acanhamento, gesto de ocultar o rosto, neste caso temos a raiz ‘caí’, que quer dizer gesto de macaco ocultando o rosto. Capipiara, que quer dizer o que é do mato. Capiã, de dentro do mato, faz lembrar o capiau mineiro. Caapiára quer dizer lavrador e o caipira é sempre lavrador. Creio ser este último o mais aceitável, pois caipira quer dizer roceiro, isto é, lavrador...”.

21.3.11

http://www.benoliveira.com/2010/03/oficina-de-livro-reportagem.html


Eu e a jornalista Silvia Santana
Oficina de Livro-reportagem

Nesta terça-feira, 23, aconteceu na UCDB (Universidade Católica Dom Bosco de Campo Grande, MS), uma oficina sobre livro-reportagem, ministrada pela jornalista, Silvia Santana. Ela que escreveu o livro-reportagem: Cavalgada no coração do Pantanal, junto com o jornalista Vanderley Vieira, lançado pela UCDB. Atualmente, ela leciona a disciplina de Atualidades em um colégio e trabalha em uma ONG, chamada ECOA.

O que é o livro-reportagem?
O livro-reportagem é definido como um "veículo de comunicação jornalística não periódica", pois diferente dos jornais que devem trazer assuntos atuais, ele dá a liberdade de abordar temas que muitas vezes são desprezados ou tratados superficialmente nestas publicações cotidianas, sejam eles atuais ou não.

Para Silvia, um dos maiores atrativos do livro-reportagem é a possibilidade de se escrever um "texto mais leve e solto", diferente das técnicas de escrita de jornais. Um dos papéis principais deste veículo jornalístico é relatar os acontecimentos de forma aprofundada. Ao contrário dos jornais, que necessitam de informações neutras e objetivas, neste gênero jornalístico, o texto pode expressar a opinião do jornalista e ter uma narrativa bem trabalhada e extensa.

Além de contar algumas histórias interessantes e curiosas do processo de criação do seu livro, que tem como tema a cultura pantaneira, a jornalista explicou as diferenças dos tipos de livro-reportagem e ressaltou que nem todo perfil "precisa ser necessariamente de uma pessoa famosa".

Livros recomendados pela jornalista
Sobre livro-reportagem:

* O Que É Livro-Reportagem - Edvaldo Pereira Lima
* Páginas Ampliadas - Edvaldo Pereira Lima
* Perfil E Como Escrevê-los - Sérgio Vilas Boas

Livros-reportagens:

* Chatô: O rei do Brasil - Fernando Morais
* Rota 66: A história da polícia que mata - Caco Barcellos

Como prometido, abaixo está o link para download dos slides utilizados na oficina de livro-reportagem:
Download

Eu e a jornalista Silvia Santana
Postado por Ben Oliveira às 20:36
Marcadores: Jornalismo
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